Professor de Harvard, Ronald Heifetz já trabalhou com Ban Ki Moon, ex-presidentes e vencedores do Nobel da Paz. O professor Ronald Heifetz ministra um curso (bastante disputado) de liderança na universidade mais reconhecida do mundo: Harvard. Por essas e outras, pode ser considerado um expert no tema.

 

Para o professor – que é médico, físico e músico – ser um líder não basta. É a prática contínua, em todo e qualquer nível organizacional, que faz a liderança existir. É esse o raciocínio por trás do conceito de ‘liderança adaptativa’, de sua autoria

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“É fundamental distinguir entre liderança e autoridade e isso nos dá vantagens para pensar sobre pessoas em posições altas de liderança que falham na hora de liderar.Assim podemos explicar porque um papel de autoridade lhe dá muito poder e recursos, mas também limita a prática de liderança. Às vezes é mais fácil liderar sem o trabalho do chefe: há mais espaço para fazer as perguntas difíceis e menos pressão.

 

Podemos também desenvolver pessoas, jovens ou não, para que pratiquem a liderança sem autoridade. Não são apenas os empreendedores que liderarão ao começar novas organizações, mas pessoas que começarem do lado de dentro ou de fora para que a mudança suba pela hierarquia e se espalhe nas quatro direções.”

 

“Um líder precisaempoderar os outros. Uma das principais fontes da adaptabilidade que vemos na natureza é a inteligência distribuída. A natureza trabalha tendo uma população diversa, que aumenta as chances de um membro de sua espécie inovar ou começar uma inovação que permitirá que a espécie prospere num novo ambiente.

 

O trabalho adaptativo, que é diferente da resolução de problemas técnicos, exige a inteligência coletiva. E isso significa que autoridades em posições alta devem fazer as melhores perguntas ao invés de oferecer todas as respostas – e encorajar e proteger as pessoas que fizerem as perguntas difíceis antes que sejam neutralizadas.”

 

 

Fonte: Na Prática